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Inauguração da exposição “Sardinha” em Ílhavo

No sábado, dia 30 de novembro, o Museu Marítimo de Ílhavo promoveu mais uma edição do programa “Tanto Mar!”, que incluiu a inauguração de uma exposição e uma Conversa de Mar dedicada à sustentabilidade da vida marinha.

Às 17h, inaugurou a exposição “Sardinha, o sem fim da pesca do cerco”, que resulta do livro “Sardinha”, de Helder Luís, apresentado no Museu Marítimo de Ílhavo a 24 de junho de 2023. Este projeto de fotografia documental, desenvolvido no âmbito da residência artística MAR|PVZ|19/20, realizada na Póvoa de Varzim, reflete quatro anos de trabalho, de 2018 a 2022, durante os quais Hélder Luís acompanhou a bordo várias tripulações, registando a vida no mar português. O resultado é um valioso testemunho visual que documenta e homenageia a pesca do cerco, uma das mais importantes artes de pesca em Portugal. A exposição estará patente na sala de exposições temporárias do Museu até ao dia 28 de fevereiro de 2025.

A inauguração foi seguida pela Conversa de Mar “Sardinha: Sustentabilidade da vida marinha”, com a participação de Helder Luís e Diana Feijó. A sessão abordará a importância da gestão sustentável da pesca do cerco, um dos métodos mais tradicionais de captura de peixe em Portugal que depende do uso de tecnologias adequadas e do cumprimento de limites de captura, além de outras medidas para evitar a sobrepesca e a destruição dos ecossistemas marinhos, garantindo assim a sustentabilidade a longo prazo.

Hélder Luís, natural da Póvoa de Varzim, é designer, fotógrafo, artista multimédia e músico, estando atualmente envolvido em vários projetos documentais e artísticos no âmbito da cultura marítima.

Diana Feijó é técnica superior na área das pescas no Instituto Português do Mar e da Atmosfera e doutoranda em Ciências Marinhas, Tecnologia e Gestão na Universidade de Vigo.

Apresentação do livro Faina no Centro de Cultura

O Centro de Cultura recebeu, dia 29 de novembro de 2024 Marta Pais Oliveira e Helder Luís para apresentação do livro Faina, uma conversa sobre o Mar, na Literatura e na Fotografia. Foi uma conversa singular, com cheiro a maresia, plena de imagens oníricas e narrativas de sonho.

Ou não fosse do mar que falamos.

A moderação foi de Adriana Baptista e a apresentação de Olívia Marques da Silva.

Depois de uma estreia fulgurante na ficção com Escavadoras, Marta Pais Oliveira regressa à prosa com um romance intenso e comovente que acompanha o dia a dia de um grupo de pescadores do norte do país.
Escrito com uma força narrativa singular, Faina confirma Marta Pais Oliveira como uma das vozes literárias mais originais e promissoras da sua geração.

O fotógrafo Helder Luís marcou presença apresentando os seus múltiplos projetos documentais e artísticos dentro do tema da cultura marítima.
A moderação foi de Adriana Baptista e a apresentação de Olívia Marques da Silva.
Ilustração do Livro Faina de Ana Pais Oliveira.

É o Mar que nos chama, cantou Fausto Bordalo Dias, falecido este ano, e quase poderia ter sido o mote da vivência da escritora Marta Pais Oliveira e do fotógrafo Helder Luís.
Há as personagens, que vão e vêm como as ondas, e o mar que se vê da praia, aquele limbo da terra e do mar, que a Marta contemplou até obter permissão, a muito custo, para entrar num barco de pesca. É um mar cheio de superstições, medos, que devolve pedaços de memórias e de resistência.
“É o lugar do sonho” – disse Helder Luís – e podíamos ter navegado horas nesta conversa mágica sobre o livro a Faina.

Apresentação do livro “Rumo à Pesca” na Póvoa de Varzim

Miguel Marque, António Silva Ribeiro, Lucinda Amorim e Helder Luís

No dia 13 de Julho de 2024, pelas 16h, foi apresentado o livro “Rumo à Pesca — um barco, duas vidas, uma história na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto na Póvoa de Varzim.

A sessão contou com a participação da Vereadora da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim Lucinda Amorim, que destacou a qualidade do trabalho do autor e a pertinência do tema num concelho onde a pesca sempre assumiu importância vital para a subsistência da comunidade e com o economista e especialista e consultor internacional em economia azul, Miguel Marques, que apresentou o autor e o tema. O almirante e professor universitário, António Silva Ribeiro, foi convidado a fazer parte da sessão e fez uma contribuição muito generosa, contextualizando o trabalho e o sector.

From Nature to all of us

Fotografia da série “Floresta Encantada”

From Nature to all of us é uma oportunidade para conhecer melhor o meu trabalho, dedicado à investigação da essência intangível da “natureza”, materializado ao longo dos anos em diversos projetos, alguns dos quais ainda por concluir. Como o título sugere, as fotografias nesta exposição são apresentadas como um presente da natureza para todos nós, um convite à contemplação e reflexão sobre a nossa relação com o universo natural que nos envolve e do qual fazemos parte.

A palavra “natureza” acaba por ser uma ilusão linguística que nos engana ao sugerir uma separação entre nós e o mundo natural. Quando falamos de “natureza”, tendemos a imaginar florestas, oceanos e montanhas como entidades distintas e exteriores a nós. No entanto, esta distinção é artificial e ingénua, pois tudo é natureza. Nós somos natureza.
Esta palavra, ao criar uma barreira imaginária, distancia-nos desse todo do qual fazemos parte. A verdadeira essência da natureza não reconhece fronteiras entre o humano e o não-humano. Cada ser vivo, cada elemento, desde o menor grão de areia até às vastas galáxias, é uma expressão da mesma força vital que nos anima.
Ao utilizar a palavra “natureza”, corremos o risco de nos esquecermos que não somos apenas observadores externos. Bem pelo contrário, todos nós somos participantes ativos de um ecossistema maior do qual fazemos parte. A beleza e a harmonia do universo residem precisamente na ausência de separação, na unidade subjacente a toda a existência. 
Para os seguidores do taoismo, uma tradição filosófica chinesa antiga, a natureza é a concretização do Tao, a essência primordial que flui de maneira harmoniosa e que equilibra o universo.
Reconhecer esta união subjacente a toda a existência é fundamental para uma relação mais profunda e respeitosa com o mundo que nos rodeia. No entanto, na nossa sociedade moderna, observamos uma constante erosão do belo. Esta erosão manifesta-se na forma como tratamos o ambiente, como se fosse algo alheio a nós e que podemos simultaneamente explorar e destruir impunemente.

A industrialização e o consumismo desenfreado têm contribuído para a degradação daquilo que é naturalmente belo. As florestas, que outrora se estendiam imponentes e intocadas, são agora cortadas e reduzidas a sombras do que foram. Os oceanos, vastos e misteriosos, estão repletos de plástico e poluição, sufocando a vida marinha que neles habita.
A beleza natural, que devia ser venerada e protegida, é muitas vezes vista como um recurso a ser usurpado para benefício económico. Esta visão utilitarista do mundo natural ignora a sua intrínseca beleza e o seu valor espiritual. Em vez de aceitarmos que fazemos parte de um todo, posicionamo-nos como dominadores, como senhores de um reino que, na verdade, nunca poderemos controlar.
Esta erosão do belo estende-se também às relações entre os seres humanos. Na busca incessante pelo progresso e inovação, demasiadas vezes negligenciamos a simplicidade e a profundidade das interações pessoais genuínas. A tecnologia, embora tenha o poder de nos unir, muitas vezes afasta-nos, criando barreiras invisíveis entre nós.

Apresentação do livro “Rumo à Pesca” em Vila do Conde

O livro “Rumo à Pesca” foi apresentado durante a Semana do Pescador no dia 24 de maio de 2024, pelas 19 horas, na alameda junto à Igreja de Nosso Senhor dos Navegantes, em Vila do Conde. A apresentação contou com a presença de Abel Coentrão (Bind’o Peixe) e Olívia Marques da Silva (ESMAD).

Vídeo do lançamento do livro “Rumo à Pesca” durante a Semana do Pescador de Vila do Conde, Caxinas TV.

Obrigado
Câmara Municipal de Vila do Conde
Mútua dos Pescadores
Fujifilm Portugal
Docapesca
Blue Book

Impressão do livro “Rumo à Pesca”

O livro “Rumo à Pesca” foi impresso e finalizado em finais de Maio de 2024 na Norprint. A impressão decorreu durante o período de dois dias e o livro foi finalizado uma semana depois. O livro foi impresso em quadricromia e finalizado com uma capa dura estampada e uma sobrecapa à francesa.

Exposição Atlântico na Póvoa de Varzim

O projecto Atlântico, inicialmente exposto em 2019 no Museu Municipal da Póvoa de Varzim e posteriormente no Museu Marítimo de Ílhavo em 2020 é um dos projectos editoriais da residência artística MAR19/20PVZ realizada por Helder Luís na Póvoa de Varzim com o apoio da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
Esta é uma nova oportunidade para ver, ou rever, no Posto de Turismo da Póvoa de Varzim, algumas das imagens que fazem parte do livro Atlântico.

Este projecto é, acima de tudo, sobre o mar. Um projecto de fotografia documental que aborda o mar como espaço para a exploração, a descoberta e a transformação pessoal e finalmente como um lugar para a interação humana a bordo de um barco, um pedaço de espaço flutuante, um lugar sem lugar, que existe por si só, que está fechado sobre si próprio, mas que ao mesmo tempo é abandonado à infinitude do mar, ao longo de duas viagens através do Oceano Atlântico.
No mar não só nos encontramos a nós próprios como também encontramos outras pessoas a encontrarem-se a elas Próprias.
E penso que é essa forma de estar, partilhada, a bordo de um barco, no meio do oceano, que faz com que esta experiência signifique o que significa para mim e para muitos outros.
O mar é um local de transformação, tudo o que nele é imerso muda de natureza, inclusive as pessoas.

A exposição foi inaugurada no dia 16 de Novembro, pelas 16 horas, no Posto de Turismo da Póvoa de Varzim. A exposição ficará aberta ao público até dia 13 de Dezembro de 2023.

Ler notícia no portal da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.

Livro “Na lingua da maré” apresentado em Peniche

O livro “Na lingua da maré” foi apresentado em Peniche no dia 4 de novembro às 16h00 no Auditório do Edifício Cultural em Peniche.
Inserido no programa “Novembro, mês do Mar” o livro editado para assinalar os 80 anos da Mútua foi apresentado em Peniche, onde a pesca e o mar continuam a marcar o ritmo da cultura e da identidade local. Os autores Abel Coentrão e Helder Luís estiveram presente e foram acompanhados por João Delgado, diretor da Mútua dos Pescadores.

Celebra-se a 19 de novembro um ano do lançamento desta obra que juntou Abel Coentrão (jornalista) e Helder Luís (fotógrafo, designer), que através dos seus textos e fotografias colocam frente a frente pessoas e lugares de vários lugares da costa portuguesa, cada um com a sua história e problemática, aproximando-os uns dos outros e religando-nos também a todos em torno desses territórios e identidades.
O livro ajuda-nos a compreender melhor o país marítimo que somos efetivamente, por mais que nos queiram de costas voltadas.
Um livro baseado em reflexões, observações, recolhas bibliográficas, entrevistas e trabalho fotográfico realizados pelos autores, resultado de viagens a vários pontos da costa de Portugal continental e dos arquipélagos da Madeira e dos Açores, contatando com diversas pessoas e lugares das comunidades marítimas a quem os autores agradecem, “pelo tanto que [n]os inspiraram ao longo da viagem até este livro, que é um cais de papel onde cabe um pouco das suas vidas”.

2º Congresso da Pequena Pesca

A 2ª edição do Congresso da Pequena Pesca, decorreu no dia 4 de novembro, no Cineteatro Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora.

Helder Luís moderou o primeiro painel dedicado à pequena pesca.

Painel 1 – Perspetivas e Valorização da Pequena Pesca
Portela Rosa (Vianapesca)
Carlos Vilas Boas (Associação Pescadores Profissionais do Concelho de Esposende)
Manuel Marques (Associação de Armadores de Pesca do Norte)
Carlos Cruz (APROPESCA)

Livro “Na lingua da maré” na feira do livro do Porto

“Na língua da maré, crónicas de mar e de mareantes – 80 anos da Mútua dos Pescadores” continua a dar à costa. Depois de terem estado em junho na Feira do Livro em Lisboa, os autores Abel Coentrão e Helder Luís, irão ao encontro dos seus leitores na Feira do Livro do Porto, para uma sessão de autógrafos, no dia 10 de setembro, domingo, último dia da Feira, pelas 16h00, no stand da Âncora Editora (119).

Até lá a Feira continua a dar que falar, fazendo sair as palavras dos livros para a rua, ligando os poetas e escritores aos seus leitores, e fazendo-as subir aos palcos do teatro e da música.

Programa e mais informação aqui: https://www.feiradolivro.porto.pt/programa/