
Este projeto, fotografado no final de 2022 em Neuchâtel, Suíça, apresenta as montanhas da região de uma maneira surreal e quase artificial. O uso de cores que parecem ter envelhecido com o tempo, dando às imagens uma aparência quase desgastada fazendo-nos lembrar as embalagens de chocolate antigas que desbotaram ou perderam algumas das suas cores devido à exposição à luz UV. Ao retratar as montanhas desta maneira, o projeto visa transmitir uma sensação de artificialidade e evocar uma sensação de irrealidade, como se as montanhas não fossem reais e apenas ilustrações impressas numa embalagem de um chocolate suíço.
No entanto, essa artificialidade também serve um propósito mais profundo no projeto. A relação entre o derretimento do chocolate (protegido por uma embalagem já de si envelhecida) e o derretimento da neve é uma chamada de atenção para o impacto das mudanças climáticas ao nosso redor. As cores, antes brilhantes, agora desbotadas e gastas das imagens contrastam com a mensagem sombria e urgente da degradação ambiental, criando uma sensação de ironia e desconforto.
Além disso, as imagens também acabam por documentar os efeitos do aquecimento global nos Alpes. Há agora menos neve do que em anos anteriores, e isso é visível se compararmos imagens antigas com estas fotografias. O projeto serve assim também como um registro documental do impacto das mudanças climáticas nos Alpes Suíços. Ao apresentar essa evidência visual, o projeto tem como objetivo trazer à consciência global a necessidade urgente de enfrentar as mudanças climáticas e proteger o nosso planeta. A combinação de fotografia documental e estilização artística cria um projeto poderoso e provocador que convida os espectadores a refletir sobre sua relação com a natureza e a importância de agir para protegê-la.

As imagens impressas em offset são afetadas pela luz UV (ultra-violeta) de várias maneiras. Um dos principais efeitos é que a luz UV pode fazer com que as cores na imagem impressa desbotem com o tempo. Isso ocorre porque a luz UV quebra as ligações químicas nos pigmentos da tinta, fazendo com que percam sua vivacidade e brilho. O grau em que as cores desbotam pode depender de vários fatores, incluindo a intensidade da luz UV, a qualidade da tinta e o tipo de papel ou substrato em que a imagem é impressa.
Outro efeito da luz UV na impressão offset é que esta pode fazer com que o papel ou o substrato amareleça ou desbote com o tempo. Isso ocorre porque a luz UV pode fazer com que as fibras de celulose no papel ou substrato se decomponham, o que pode levar a um amarelar do papel. Esse efeito pode ser particularmente perceptível em imagens impressas em papel sem revestimento protetor ou mesmo em papel de pouca qualidade.
Para mitigar os efeitos da luz UV na impressão em offset, hoje usam-se tintas, revestimentos ou laminados resistentes aos UV para proteger a imagem impressa da descoloração. Essas medidas protetoras podem ajudar a prolongar a vida útil da imagem impressa e preservar a sua cor e clareza ao longo do tempo.
Diferentes cores podem ser afetadas de maneira diferente pela luz UV, dependendo dos pigmentos de tinta específicos usados no processo de impressão. Em geral, as cores mais claras tendem a ser mais suscetíveis à descoloração do que as cores mais escuras, pois contêm menos pigmento e, portanto, são mais propensas a degradarem-se sob a exposição aos UV. As cores que são particularmente suscetíveis ao desbotamento incluem amarelos, azuis claros e verdes, que frequentemente contêm pigmentos orgânicos que são especialmente vulneráveis à degradação dos UV.
No entanto, é importante observar que o grau em que as diferentes cores são afetadas pela luz UV pode variar dependendo de vários fatores, incluindo a intensidade da luz UV, a qualidade da tinta e o substrato em que a imagem é impressa. Portanto, é difícil fazer generalizações sobre quais as cores que são mais afetadas pela luz UV sem ter esses fatores em conta.
Existe uma comparação a ser feita entre o desvanecimento de imagens devido à exposição aos raios UV e o derretimento da neve nas montanhas devido aos efeitos das mudanças climáticas. Ambos os fenômenos envolvem a degradação gradual ou erosão de uma substância ao longo do tempo, seja pigmentos de tinta no caso de imagens impressas, ou neve e gelo no caso das montanhas.
Em ambos os casos, os efeitos podem ser subtis no início, mas ao longo do tempo podem tornar-se mais pronunciados e eventualmente levar a mudanças significativas na aparência ou composição da substância original. Com imagens impressas, as cores podem desaparecer gradualmente ao longo do tempo até perderem sua vivacidade tornarem-se descoloradas. Da mesma forma, com o derretimento da neve nas montanhas, a perda gradual de cobertura de gelo e neve pode levar a mudanças na paisagem, como a formação de novos lagos e rios, mudanças no padrão de crescimento da vegetação e alterações nos habitats da fauna local.
Ambos os fenómenos também têm implicações mais amplas além de seus efeitos imediatos na matéria original. O desvanecimento de imagens devido à exposição aos raios UV pode ser visto como uma metáfora para o impacto mais amplo da degradação ambiental no mundo ao nosso redor. Da mesma forma, o derretimento da neve nas montanhas devido às mudanças climáticas não é apenas um evento isolado, mas faz parte de um padrão maior de perturbação ecológica que afeta todo o planeta.
No geral, a comparação entre o desvanecimento de imagens e o derretimento da neve nas montanhas destaca a interconectividade do mundo natural e o impacto que a atividade humana pode ter no meio ambiente.