Nos arredores das cidades, onde a expansão urbana termina, existe uma dança silenciosa de luz e sombra que conta uma história de solidão e refúgio, longe do betão e do caos. “There is a light that never goes out” (Há uma luz que nunca se apaga) é um projeto de fotografia documental que procura estes momentos, capturando o delicado jogo entre postes de iluminação solitários e os braços acolhedores das árvores. Cada imagem é um sinal da resiliência da luz, mesmo perante o abandono e a negligência. São lugares não habitados que parecem existir apenas para nos darem algum conforto perante o nosso receio da noite.
Inspirado na música dos The Smiths, este projeto mergulha numa solidão paradoxal… que pode ser tanto desconfortável quanto reconfortante. A justaposição de estruturas frias, erguidas pelo homem, contra a delicadeza orgânica da natureza, emerge como a principal narrativa visual. Os postes de luz, tornam-se faróis de esperança, lançando a sua luz quente na noite.