{"id":46,"date":"2021-02-04T16:36:57","date_gmt":"2021-02-04T16:36:57","guid":{"rendered":"https:\/\/www.helderluis.pt\/?page_id=46"},"modified":"2024-02-19T11:05:34","modified_gmt":"2024-02-19T11:05:34","slug":"river","status":"publish","type":"page","link":"https:\/\/www.helderluis.pt\/works\/river\/","title":{"rendered":"River"},"content":{"rendered":"\n
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River #6773, \u00a92019 Helder Lu\u00eds<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n
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Este projeto* originalmente realizado em 2019 no contexto da resid\u00eancia art\u00edstica promovida pelo mestrado de fotografia e cinema documental da ESMAD<\/a> em Sever de Vouga, permitiu-me pensar e representar o rio n\u00e3o apenas como um elemento f\u00edsico da paisagem, mas como uma entidade viva e parte do nosso inconsciente.<\/p>\n\n\n\n

Simbolicamente, o rio representa o fluxo do tempo e o fluxo natural da natureza com todos os seus ciclos, transi\u00e7\u00f5es, transforma\u00e7\u00f5es e passagens. Um rio come\u00e7a como uma fonte de \u00e1gua no topo da montanha, descendo e insinuando-se atrav\u00e9s de vales e plan\u00edcies, perdendo-se depois em lagos ou mares.
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Esta sua origem est\u00e1 sempre presente ao longo do seu curso atrav\u00e9s de suas margens. Essa dualidade entre o rio e o reflexo de suas origens interessou-me e ao logo do projeto tentei capturar essa dualidade atrav\u00e9s do reflexo das \u00e1rvores e da montanha, na superf\u00edcie reveladora da \u00e1gua.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 um rio para cada pessoa que mergulha nele e, no sentido simb\u00f3lico do termo, penetra no rio, \u00e9 para a alma algo semelhante a entrar num corpo. Como o rio, o nosso corpo tem uma exist\u00eancia prec\u00e1ria, corre como \u00e1gua, e cada alma tem o seu corpo em particular, essa parte ef\u00eamera da sua exist\u00eancia\u2026 o seu rio.<\/p>\n\n\n\n

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River #9891, \u00a92019 Helder Lu\u00eds<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n
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O rio lembra-nos que devemos avan\u00e7ar. Quando tentamos voltar (e viver ou reviver no passado), \u00e9 como f\u00f4ssemos engolidos numa tentativa f\u00fatil de desafiar o fluxo natural da natureza.
O rio, durante a sua longa viagem, simboliza a vida no geral e a nossa vida em particular. H\u00e1 per\u00edodos em que o rio passa, assim como n\u00f3s, por tempos de turbul\u00eancia, caos e perturba\u00e7\u00e3o e sofre reviravoltas, curvas e pausas, e depois h\u00e1 per\u00edodos em que o rio flui pac\u00edfico, suave e calmo.<\/p>\n\n\n\n

Finalmente, assim como todos e cada um de n\u00f3s, o tempo vem do rio para terminar sua longa jornada. Este \u00e9 o momento em que o rio chega \u00e0 sua foz e atravessa a sua maior mudan\u00e7a, da individualidade para o todo, acabando por se dissolver e fazer parte do grande mar. Esse momento de transi\u00e7\u00e3o para o rio simboliza tamb\u00e9m para mim o nosso momento de transforma\u00e7\u00e3o que ocorre quando a nossa longa jornada termina. Esse \u00e9 o momento em que tamb\u00e9m n\u00f3s passamos por uma grande mudan\u00e7a para voltar \u00e0 origem e a reintegrar a consci\u00eancia original (Tao para os taoistas) a que chamamos o divino. <\/p>\n\n\n\n

O rio \u00e9 uma das met\u00e1foras mais bonitas para esta complexa viagem \u00e0 qual chamamos a vida!<\/p>\n\n\n\n

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River #9903, \u00a92019 Helder Lu\u00eds<\/figcaption><\/figure>\n<\/div>\n\n\n\n
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River #9910, \u00a92019 Helder Lu\u00eds<\/figcaption><\/figure>\n<\/div>\n<\/div>\n\n\n\n
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* Fotografado com uma c\u00e2mera digital de m\u00e9dio formato (Fujifilm GFX-50R).<\/p>\n\n\n\n

Este projeto teve o generoso apoio da Fujifilm<\/a> Portugal.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Este projeto* originalmente realizado em 2019 no contexto da resid\u00eancia art\u00edstica promovida pelo mestrado de fotografia e cinema documental da ESMAD em Sever de Vouga, permitiu-me pensar e representar o rio n\u00e3o apenas como um elemento f\u00edsico da paisagem, mas como uma entidade viva e… Read more<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"parent":52,"menu_order":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","template":"","meta":{"footnotes":""},"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.helderluis.pt\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/46"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.helderluis.pt\/wp-json\/wp\/v2\/pages"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.helderluis.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/page"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.helderluis.pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.helderluis.pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=46"}],"version-history":[{"count":28,"href":"https:\/\/www.helderluis.pt\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/46\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":2899,"href":"https:\/\/www.helderluis.pt\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/46\/revisions\/2899"}],"up":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.helderluis.pt\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/52"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.helderluis.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=46"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}